O procurador da República Matheus Baraldi Magnani disse nesta quinta-feira (26) que as penas de até 94 anos e seis meses impostas pela Justiça Federal de Guarulhos à dona da Daslu, Eliana Tranchesi e seus sócios são amparadas na tese de que houve formação de quadrilha e que os crimes foram cometidos de forma continuada mesmo depois do início do processo. De acordo com ele, embora ricos e com prestígio, os réus não escaparam da condenação, o que demonstra uma transformação do judiciário.
"A sociedade questionava o resultado possível dessa operação, porque são pessoas de alto poder aquisitivo, influência política, etc. Havia o temor de que o resultado fosse nenhum, ou ameno. O Judiciário passa por uma transformação e atinge, sim, os fidalgos", afirmou.
O procurador tem certeza de que haverá recursos da defesa aos tribunais superiores, mas revelou confiança em uma mudança de visão dos magistrados. Para ele, o processo está amparado em um "mar de provas". "Essa sentença claramente fala em organização criminosa e a razão da prisão não foi outra senão essa. É possível perceber que os tribunais já estão preparados hoje para recusar a tese de que organização criminosa é coisa de desgraçado com fuzil na mão. Rico também integra organização criminosa ", afirmou o procurador.
Magnani citou partes da sentença para ressaltar que na visão do Ministério Público, acompanhada pela Justiça Federal , os réus agiram pela cobiça e movimentaram um esquema bilionário de fraude para evitar pagar impostos.
Em sua sentença, a juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Criminal de Guarulhos, afirma: "Merece maior reprovação posto que a conduta do acusado, proveniente de cobiça em busca da acumulação de riqueza proveniente de meios ilícitos, visava angaria recursos bilionários através de lesão ao erário."
A juíza da 2ª Vara Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo, condenou a empresária Eliana Tranchesi, dona da Daslu, a 94 anos e seis meses de prisão. Na mesma sentença, a Justiça condenou outras seis pessoas. Uma delas é Antonio Carlos Piva de Albuquerque, irmão de Eliana e ex-diretor financeiro da Daslu, que teve a mesma pena da empresária, de 94 anos e seis meses. Os demais condenados são Celso de Lima (53 anos), André de Moura (25), Rodrigo Nardy Figueiredo (11,5 anos), Roberto Fakhouri Junior (11,5 anos) e Christian Polo (14 anos).
Até o final da tarde desta quinta-feira (26), Eliana, Antônio Carlos e Celso de Lima permaneciam presos. A Polícia Federal não havia conseguido localizar outros quatro acusados. De acordo com a Justiça Federal, cerca de 40 agentes estão mobilizados na ação, inclusive com a participação da Interpol para a captura de André de Moura Beukers, localizado nos Emirados Árabes, em Dubai.
De acordo com o procurador, é impossível estimar o valor das fraudes cometidas pelos acusados. Mas ele afirma que as fraudes encontradas pela Receita Federal e as multas já impostas ao grupo pela União e pelo governo paulista alcançam mais de R$ 1 bilhão. Apesar dos pedidos de prisão, a Daslu continuará aberta.
"A sociedade questionava o resultado possível dessa operação, porque são pessoas de alto poder aquisitivo, influência política, etc. Havia o temor de que o resultado fosse nenhum, ou ameno. O Judiciário passa por uma transformação e atinge, sim, os fidalgos", afirmou.
O procurador tem certeza de que haverá recursos da defesa aos tribunais superiores, mas revelou confiança em uma mudança de visão dos magistrados. Para ele, o processo está amparado em um "mar de provas". "Essa sentença claramente fala em organização criminosa e a razão da prisão não foi outra senão essa. É possível perceber que os tribunais já estão preparados hoje para recusar a tese de que organização criminosa é coisa de desgraçado com fuzil na mão. Rico também integra organização criminosa ", afirmou o procurador.
Magnani citou partes da sentença para ressaltar que na visão do Ministério Público, acompanhada pela Justiça Federal , os réus agiram pela cobiça e movimentaram um esquema bilionário de fraude para evitar pagar impostos.
Em sua sentença, a juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Criminal de Guarulhos, afirma: "Merece maior reprovação posto que a conduta do acusado, proveniente de cobiça em busca da acumulação de riqueza proveniente de meios ilícitos, visava angaria recursos bilionários através de lesão ao erário."
A juíza da 2ª Vara Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo, condenou a empresária Eliana Tranchesi, dona da Daslu, a 94 anos e seis meses de prisão. Na mesma sentença, a Justiça condenou outras seis pessoas. Uma delas é Antonio Carlos Piva de Albuquerque, irmão de Eliana e ex-diretor financeiro da Daslu, que teve a mesma pena da empresária, de 94 anos e seis meses. Os demais condenados são Celso de Lima (53 anos), André de Moura (25), Rodrigo Nardy Figueiredo (11,5 anos), Roberto Fakhouri Junior (11,5 anos) e Christian Polo (14 anos).
Até o final da tarde desta quinta-feira (26), Eliana, Antônio Carlos e Celso de Lima permaneciam presos. A Polícia Federal não havia conseguido localizar outros quatro acusados. De acordo com a Justiça Federal, cerca de 40 agentes estão mobilizados na ação, inclusive com a participação da Interpol para a captura de André de Moura Beukers, localizado nos Emirados Árabes, em Dubai.
De acordo com o procurador, é impossível estimar o valor das fraudes cometidas pelos acusados. Mas ele afirma que as fraudes encontradas pela Receita Federal e as multas já impostas ao grupo pela União e pelo governo paulista alcançam mais de R$ 1 bilhão. Apesar dos pedidos de prisão, a Daslu continuará aberta.
Fonte: G1
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