
Recentemente tive a oportunidade de me deparar com adesivo colocado em veículo que trazia a inscrição “Deus é grande”. Fiquei muito feliz em ver o tamanho da fé daquele motorista. No entanto, fui observando que aquela conduta se repetia em outros carros e pude perceber de que não se tratava de manifestação de fé em Deus, mas sim de propaganda eleitoral subliminar, que é caracterizada por antecipação ilegal de publicidade eleitoral, só permitida após o dia 5 de julho de 2008.
Determinado pré-candidato, que se diz grande, resolveu associar seu nome ao de Deus e retirar vantagem de publicidade eleitoral ilícita, utilizando-se do nome de Deus para sua autopromoção.
Nesse momento, vieram-se dois tipos de revoltas. Uma cívica, outra religiosa. A primeira, na qualidade de Juiz Eleitoral, no que diz respeito à fraude a legislação eleitoral, que não permite propaganda eleitoral antes do prazo estabelecido por lei. A segunda revolta vem da formação cristã e religiosa. Esta por sinal advém de Deus, o próprio Grande, tomado de sua glória para satisfazer interesses espúrios e mesquinhos daqueles que se acham acima da lei e, agora também, acima de Deus e de seus mandamentos.
Duas legislações são violadas, a lei dos homens e a Lei de Deus. A primeira de forma dissimulada, procurando enganar os homens, não a Deus. A segunda, de forma explícita, sem enganar a ninguém e afrontando a Deus.
A lei dos homens aviltada aqui é a Lei das Eleições (Lei no. 9.504/97, art. 36) que determina: “a propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 5 de julho do ano da eleição”. A violação desta lei sujeita o responsável pela divulgação da propaganda e o beneficiário, à multa no valor de R$21.282,00 (vinte e um mil duzentos e oitenta e dois reais) a R$53.205,00 (cinqüenta e três mil duzentos e cinco reais). Entretanto, depende de homens para sua punição.
A Lei de Deus neste ato violado é a utilização do Santo nome em vão, com fim egoísta e de autopromoção. Na Lei de Moisés (Os dez mandamentos), o legislador divino proclamou, em seu mandamento imutável: "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão." (Êxodo 20:7). Para esta, não se faz necessária a intervenção de num homem para haver punição, o próprio Deus disso se encarrega.
Em nosso país, infelizmente, as leis dos homens são descumpridas com desfaçatez, especialmente pelos que deveriam dar exemplos, como os governantes e representantes do povo. As leis dos homens podem ser desrespeitadas sem que se consiga punir, mas ninguém foge do poder de Deus, que tudo pode (onipotência) e de tudo conhece (onisciência) e se encontra presente em todo lugar (onipresente).
Deus, e somente Deus, é grande. Os que se engrandecem por si mesmo esquecem que só são grandes perante os homens por obra de Deus. Como está escrito: “Ao Todo-Poderoso, não o podemos alcançar; ele é grande em poder, porém não perverte o juízo e a plenitude da justiça. Por isso, os homens o temem; ele não olha para os que se julgam sábios.” (Jó, 37, 23-24)
O nome de Deus manifesta e revela atributos, é uma das maneiras que Ele se revela em suas relações com a Igreja. O nome de Deus se multiplica em muitos nomes, que expressam os múltiplos atributos dEle. “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade”. (Sl 8.1.) – Em outra passagem: “grande, o seu nome em Israel.”(Sl 76.1). Estes dois versículos são suficientes para provar que o nome de Deus é algo superior em excelência e honra, e não pode ser usado de qualquer jeito.
Não devemos querer, jamais, domesticar Deus, usando seu nome para fins de interesse pessoal ou cobiça. Enfim, somos chamados a usar bem este nome, pois ele dá sentido as nossas vidas e assegura que o verdadeiro Deus está conosco.
Infelizmente, alguns se acham acima das leis dos homens e até mesmo de Deus, por desconhecimento ou por arrogância. Já no Antigo Testamento, o Profeta Isaías advertia sobre esta prática: “Agora que farei eu aqui, diz o Senhor, visto ter sido o meu povo levado sem preço? Os seus tiranos sobre eles dão uivos, diz o Senhor; e o meu nome é blasfemado incessantemente todo dia” (Is 52.5). Também, no Novo Testamento, o Apóstolo Paulo, em carta aos Romanos avisava: “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!”(Rm 1.25).
Espera-se que o povo não se associe a esta prática e volte-se para Deus, fugindo dos que se promovem, usando o nome de Deus.
Deus seja para sempre louvado, Ele e tão somente Ele, pois só Deus é grande.
Cajazeiras-PB 17 de maio de 2008
Edivan Rodrigues Alexandre
Juiz de Direito – 4ª. Vara de Cajazeiras
Licenciado em Filosofia pela FAFIC - Cajazeiras
Determinado pré-candidato, que se diz grande, resolveu associar seu nome ao de Deus e retirar vantagem de publicidade eleitoral ilícita, utilizando-se do nome de Deus para sua autopromoção.
Nesse momento, vieram-se dois tipos de revoltas. Uma cívica, outra religiosa. A primeira, na qualidade de Juiz Eleitoral, no que diz respeito à fraude a legislação eleitoral, que não permite propaganda eleitoral antes do prazo estabelecido por lei. A segunda revolta vem da formação cristã e religiosa. Esta por sinal advém de Deus, o próprio Grande, tomado de sua glória para satisfazer interesses espúrios e mesquinhos daqueles que se acham acima da lei e, agora também, acima de Deus e de seus mandamentos.
Duas legislações são violadas, a lei dos homens e a Lei de Deus. A primeira de forma dissimulada, procurando enganar os homens, não a Deus. A segunda, de forma explícita, sem enganar a ninguém e afrontando a Deus.
A lei dos homens aviltada aqui é a Lei das Eleições (Lei no. 9.504/97, art. 36) que determina: “a propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 5 de julho do ano da eleição”. A violação desta lei sujeita o responsável pela divulgação da propaganda e o beneficiário, à multa no valor de R$21.282,00 (vinte e um mil duzentos e oitenta e dois reais) a R$53.205,00 (cinqüenta e três mil duzentos e cinco reais). Entretanto, depende de homens para sua punição.
A Lei de Deus neste ato violado é a utilização do Santo nome em vão, com fim egoísta e de autopromoção. Na Lei de Moisés (Os dez mandamentos), o legislador divino proclamou, em seu mandamento imutável: "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão." (Êxodo 20:7). Para esta, não se faz necessária a intervenção de num homem para haver punição, o próprio Deus disso se encarrega.
Em nosso país, infelizmente, as leis dos homens são descumpridas com desfaçatez, especialmente pelos que deveriam dar exemplos, como os governantes e representantes do povo. As leis dos homens podem ser desrespeitadas sem que se consiga punir, mas ninguém foge do poder de Deus, que tudo pode (onipotência) e de tudo conhece (onisciência) e se encontra presente em todo lugar (onipresente).
Deus, e somente Deus, é grande. Os que se engrandecem por si mesmo esquecem que só são grandes perante os homens por obra de Deus. Como está escrito: “Ao Todo-Poderoso, não o podemos alcançar; ele é grande em poder, porém não perverte o juízo e a plenitude da justiça. Por isso, os homens o temem; ele não olha para os que se julgam sábios.” (Jó, 37, 23-24)
O nome de Deus manifesta e revela atributos, é uma das maneiras que Ele se revela em suas relações com a Igreja. O nome de Deus se multiplica em muitos nomes, que expressam os múltiplos atributos dEle. “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade”. (Sl 8.1.) – Em outra passagem: “grande, o seu nome em Israel.”(Sl 76.1). Estes dois versículos são suficientes para provar que o nome de Deus é algo superior em excelência e honra, e não pode ser usado de qualquer jeito.
Não devemos querer, jamais, domesticar Deus, usando seu nome para fins de interesse pessoal ou cobiça. Enfim, somos chamados a usar bem este nome, pois ele dá sentido as nossas vidas e assegura que o verdadeiro Deus está conosco.
Infelizmente, alguns se acham acima das leis dos homens e até mesmo de Deus, por desconhecimento ou por arrogância. Já no Antigo Testamento, o Profeta Isaías advertia sobre esta prática: “Agora que farei eu aqui, diz o Senhor, visto ter sido o meu povo levado sem preço? Os seus tiranos sobre eles dão uivos, diz o Senhor; e o meu nome é blasfemado incessantemente todo dia” (Is 52.5). Também, no Novo Testamento, o Apóstolo Paulo, em carta aos Romanos avisava: “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!”(Rm 1.25).
Espera-se que o povo não se associe a esta prática e volte-se para Deus, fugindo dos que se promovem, usando o nome de Deus.
Deus seja para sempre louvado, Ele e tão somente Ele, pois só Deus é grande.
Cajazeiras-PB 17 de maio de 2008
Edivan Rodrigues Alexandre
Juiz de Direito – 4ª. Vara de Cajazeiras
Licenciado em Filosofia pela FAFIC - Cajazeiras
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