segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Democracia é melhor regime para 66%, aponta Datafolha


A eleição presidencial deste ano, uma das mais acirradas desde 1989, exerceu efeito positivo sobre a relação da população brasileira com o regime democrático.

Desde aquele ano, quando o Datafolha começou a medir a confiança do povo com o regime recém-consolidado, o maior índice foi registrado no último levantamento, feito nos dias 2 e 3 de dezembro, no qual 66% dos entrevistados disseram acreditar que a democracia é sempre melhor do que qualquer outra forma de governo.

Como consequência, caiu para 15% o número de pesquisados que disseram não se importar se o regime político é uma democracia ou uma ditadura. Este indicador só não é menor do que o observado na pesquisa feita em março de 1993, quando 14% dos entrevistados demonstraram essa opinião.

Outros 12% dos entrevistados afirmaram que, em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura do que um regime democrático.

O menor índice referente a esta pergunta foi registrado em dezembro de 2008, quando 11% dos entrevistados deram a mesma resposta.

Outros 7% da amostra não souberam responder às perguntas do Datafolha.

O recorte que considera o grau de instrução dos entrevistados mostra que, entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental, 57% acreditam que a democracia é sempre a melhor forma de governo –uma queda de nove pontos percentuais em relação à média da pesquisa.

A possível explicação está na percepção dessa fatia da população de que é irrelevante a forma de governo.

Ainda nesta faixa, sobe para 19% o índice dos que avaliam que tanto faz se o regime político é uma democracia ou um ditadura –quatro pontos acima da média.

Entre os que completaram o ensino superior, a tendência se inverte e 80% avaliam que a democracia é sempre a melhor forma de governo. A preferência por um regime ditatorial é tida por apenas 7%.

O levantamento de 2 e 3 de dezembro entrevistou 2.896 pessoas em 173 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais e para menos. O nível de confiança é de 95% –se fossem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro.

Fonte: Folha de S Paulo 

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